Claudia Labate nos conta sobre viver com diabetes no Brasil
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Viajamos pelo mundo no ano passado, trazendo-lhe diferentes perspectivas sobre a vida com diabetes em nossa série Global Diabetes. Este mês, gostaríamos de apresentá-lo a
Claudia Labate, uma vinte vezes no Brasil (o 5º país maior do mundo), que está acendendo a cena D como parte de vários esforços de advocacia em seu país.Diagnosticado aos 10 anos, Claudia diz que se sente sortuda por ter um grande apoio da família e dos amigos. Ela esteve fortemente envolvida nas organizações ADJ Diabetes Brasil e no Programa de Jovens Líderes da Federação Internacional de Diabetes, promovendo educação e conscientização sobre diabetes. Alguns de seus trabalhos incluem a organização de mobs flash, ajudando a criar um livro infantil educacional e a liderar exercícios motivacionais para grupos de apoio. Claudia tem usado seu grau de marketing como uma ferramenta para fazer mudanças, ajudando a produzir algo que ela sente ao mesmo tempo melhora a satisfação do consumidor, a saúde de uma organização e o bem-estar geral da sociedade - em suas palavras, ela está "convergindo pessoas e lucros!" <
Aqui está o que nosso amigo e colega PWD na América do Sul tem a dizer:
Um post de convidado por Claudia Labate
Olá! Meu nome é Claudia! Tenho 24 anos e sou parte dos 13. 4 milhões de pessoas que vivem com diabetes no Brasil. Em 1998, fui diagnosticado com diabetes tipo 1, duas semanas antes da celebração do Ano Novo. Mas isso não me impediu de celebrar essas férias de acordo com nossas tradições.
E aqueles primeiros dias de ajuste de nossos horários nos levaram ao Ano Novo de 1999.
Minha família, bem como milhões de brasileiros, gosta de passar a véspera de Ano Novo na praia e esse ano não era diferente. O meu endocrinologista nos orientou a comprar tiras de teste extra, agulhas e insulina, assegurando que havia suprimentos suficientes e, é claro, um refrigerante extra e doces e sobremesas de dieta!
A véspera de Ano Novo no Brasil tem uma influência generalizada da Umbanda e do Candomblé, tradições religiosas trazidas de escravos africanos quando o Brasil era uma colônia de Portugal.Isso inclui saltar sete ondas (para boa sorte) e fazer um desejo para o futuro, usando roupas brancas (ou escolher outra cor, com base nas coisas que deseja alcançar no próximo ano - o branco é para a paz, amarelo por dinheiro, preto para enterrar o passado, rosa para o amor, etc., que você pode usar em sua roupa interior ou acessórios), e acender velas na praia ou jogar rosas no mar para Iemanjá. Além disso, temos algum misticismo relacionado aos alimentos que comemos na véspera de Ano Novo. Por exemplo, o arroz com lentilhas é um "deve comer" para ter sorte no ano novo.
No momento em que fui diagnosticado, os suprimentos precisavam ser comprados pelo paciente. Isso foi muito difícil porque a maioria dos produtos foram importados e poucas pessoas podiam pagar os preços. Desde 2006, mudou com a criação da Lei Federal nº 11, 347, que definiu critérios para a distribuição gratuita de medicamentos e suprimentos necessários para o controle e monitoramento de diabetes.
Apesar da lei, ainda temos problemas para distribuí-la de forma eficiente a todo o país, porque, além de ser um país muito grande, as regiões do Brasil são muito diferentes em termos de cultura, geografia e economia. Com isso, algumas regiões economicamente mais desenvolvidas, como São Paulo e os outros estados do sudeste, têm acesso mais fácil a tais medicamentos e educação em comparação com outras regiões do país. Também temos uma desigualdade no acesso aos cuidados de saúde em geral; o serviço público é unificado (chamado SUS), mas é normalmente no seguro de saúde privado que as pessoas podem encontrar melhores profissionais e tratamentos.
De acordo com o Atlas da 5ª International Diabetes Federation (IDF), 50% das pessoas que vivem com diabetes no Brasil não são diagnosticadas. Uma pesquisa de 2009, realizada pela Universidade Federal de São Paulo e Fundação Oswaldo Cruz da Bahia, mostra que 75% das pessoas com diabetes não controlam a doença, com base em testes de A1C. Em 2012, o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que o diabetes mata mais do que a AIDS e os acidentes de trânsito.
Ele revela que precisamos de uma grande melhoria na educação para o diabetes (para usar adequadamente os suprimentos fornecidos pelo governo) e a conscientização das pessoas sobre seus direitos garantidos por lei.
Eu me sinto muito sortudo com as oportunidades que tive para acessar e cuidar, e essa é a razão pela qual eu gosto de agir sobre diabetes. Desde 2009, voluntário para diabetes em grupos de apoio, campanhas de detecção, acampamento, administração de redes sociais, e no ano passado fui escolhido pelo ADJ Diabetes Brasil para participar do Programa de Jovens Líderes da IDF. Lá eu conheço as pessoas MAIS IMPRESSIONANTES de todo o mundo. Nós somos como uma família, compartilhando o sentimento de fazer parte da mudança que queremos ver no mundo!
De volta a São Paulo, comecei uma força-tarefa chamada Blue Power, para criar e multiplicar ações no mês em que celebramos o Dia Mundial do Diabetes, organizando mobs flash, o Blue Bike Tour por São Paulo, hospedando um Scavenger Hunt de (Canadian D-group) Connected in Motion, diferentes tipos de reuniões e parcerias com vários jogadores (não conectados à área do diabetes) para espalhar a mensagem WDD.Nós estimamos que nossas ações atingiram cerca de 70 000 pessoas, somando o público on-line e off-line.
Há muito já acontecendo no Brasil e na América do Sul para melhorar a educação, o tratamento e os direitos do diabetes. Em novembro passado, os países membros do acordo do MERCOSUL (comércio livre sul-americano) estabeleceram planos para a prevenção da obesidade na região e estabeleceram metas para as DNT (doenças não transmissíveis) com apoio de planos de ação globais, regionais e locais.
Este Natal, pedi ao Papai Noel que promova a democratização do acesso aos medicamentos no Brasil e um grande desenvolvimento nos projetos de educação sobre diabetes. Além disso, seguindo nossa tradição de Véspera de Ano Novo, irei a pular as minhas sete ondas vestidas de verde, minha cor favorita, desejando saúde para toda a comunidade de diabetes em todo o mundo!
Feliz 2013, todos!
Obrigado por todo o excelente trabalho que você faz na D-Community, Claudia! Esperamos que nossos mundos se cruzem mais frequentemente e conseguimos interagir no DOC sempre em expansão enquanto atravessa fronteiras.
Disclaimer
: Conteúdo criado pela equipe da Diabetes Mine. Para mais detalhes clique aqui. Disclaimer